Prefeitura do Campus faz inventário das árvores da Cidade Universitária
Para levantar informações sobre a vegetação e o planejamento adequado das atividades de manutenção e conservação das árvores da Universidade Federal do Pará (UFPA), o setor de paisagismo da Coordenadoria de Serviços Urbanos (CSU) da Prefeitura do Campus Belém desenvolveu um Inventário da arborização da Cidade Universitária.
A iniciativa tem como objetivo conhecer o patrimônio arbóreo existente na Instituição e criar um banco de dados com informações das espécies existentes no campus.
O inventário possibilitou, também, identificar a necessidade de intervenções na arborização, como podas, tratamentos fitossanitários, remoções e substituições de árvores e identificar áreas potenciais para novos plantios.
Inventário - Realizado no período de setembro de 2014 a janeiro de 2015, o inventário abrangeu os Setores Básico, Profissional, Saúde e Esportivo da UFPA, em todas as áreas arborizadas, desconsiderando apenas os remanescentes de florestas naturais. Foram registradas todas as árvores com altura igual ou maior que um metro. Cada árvore foi numerada com uma etiqueta de alumínio e mapeada com auxilio de GPS. Nome comum, circunferência do tronco, altura total e condição das raízes foram algumas das informações coletadas.
Levantamento – Segundo a engenheira florestal Tatiana Castro, da Prefeitura do campus, foram registradas 3.201 árvores distribuídas em 157 espécies e 48 famílias botânicas. As espécies mais abundantes são mangueira (Mangifera indica), com 389 árvores; oiti (Licania tomentosa) apresenta 235; ipê-rosa (Handroanthus heptaphyllus) tem 215; açaí (Euterpe oleraceae), com 162; e andirá-uxi (Andira inermis), com 135 árvores.
Cortes - A derrubada de árvores na UFPA tem sido uma medida preventiva e é feita com base em critérios da avaliação das características, como danos, doença ou podridão no tronco. A decisão da retirada também é tomada quando a árvore está causando interferências constantes em equipamentos urbanos, como prédios, fiação elétrica ou rede subterrânea, ocasionando danos crescentes e irreversíveis ao patrimônio.
Com base no inventário, Tatiana Castro explica que foi possível identificar árvores com risco de queda, as quais necessitam ter sua retirada imediata. “Em geral, são árvores de grande porte que possuem podridão e oco no tronco. Também foram identificadas árvores que devem ser retiradas de forma gradual, seja devido à má adaptação, por possuir características indesejáveis ao local de plantio, não ser recomendada para plantio no meio urbano ou por senilidade (processo de envelhecimento)”, esclarece.
As árvores retiradas serão substituídas por outras no mesmo local (quando for o caso) ou em outro lugar adequado. Os novos plantios serão planejados utilizando mudas de espécies adaptadas às condições locais e com características desejáveis para o plantio na Cidade Universitária, de forma que não haja conflitos futuros da arborização com equipamentos urbanos.
Texto: Rafael Rocha – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Adolfo Lemos
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